Em cada viagem da Paso Al Cielo pelo mundo, buscamos mais do que monumentos: procuramos histórias que falam da alma humana. Lugares que transformam a dor em arte, e o tempo em testemunha do amor que permanece.
Foi com esse olhar que os diretores Felipe Badotti e Rafaella Mayer visitaram o Metairie Cemetery, em New Orleans, um dos cemitérios mais belos e simbólicos dos Estados Unidos.
Mais do que um campo de repouso, ele é um museu a céu aberto, onde mármore e memória se unem para contar histórias de poder, fé, vaidade e redenção.
O Metairie pertence à Dignity Memorial, principal grupo funerário americano — referência global em excelência e cuidado — e abriga alguns dos mausoléus mais impressionantes da América do Norte.

Na visita ao Metairie Cemetery, os diretores da Paso Al Cielo, Felipe Badotti e Rafaella Mayer, posaram para a foto ao lado de Jerry Schoen, Executive Funeral Director do cemitério, em frente ao mausoléu da família de Roberto Henry Boh.
Roberto Henry Boh foi um importante empresário da construtora Boh Bros. Construction Co., responsável por diversos projetos históricos, incluindo a primeira ponte sobre o rio Mississippi em New Orleans — uma obra que conectou as margens e histórias da cidade.
Das corridas de cavalos à corrida pela eternidade
Antes de abrigar túmulos e anjos, o Metairie era uma pista de corridas.
Fundado em 1838 como Metairie Race Course, foi palco da elite sulista até a Guerra Civil. Quando o hipódromo fechou, a vida deu lugar ao silêncio — e, em 1872, o local se transformou em um cemitério.
Mas o traçado oval da antiga pista continua lá, desenhando um percurso simbólico: um eterno retorno, lembrando que todos, ricos ou humildes, correm a mesma corrida — e cruzam a mesma linha de chegada.
O irlandês e o monumento que desafiou os “sangues azuis”

Entre as muitas histórias do Metairie, há uma que ecoa com ironia e grandeza.
Um imigrante irlandês, que chegou à América em busca de fortuna, construiu um império — mas jamais foi aceito entre os “Blue Bloods” de New Orleans, a aristocracia local.
Rejeitado em vida, ele decidiu que na morte seria impossível ignorá-lo.
Comprou o terreno mais nobre do cemitério, logo na entrada, e ergueu o monumento mais alto de todo o Metairie — um obelisco que, até hoje, observa a cidade do alto, desafiando o preconceito e a exclusão.
Assim, “se não pôde estar entre eles em vida, ao menos os olharia de cima na eternidade.”
O templo grego que nasceu de solo grego

Outro símbolo marcante é o mausoléu de uma família que construiu um império gastronômico — e que quis eternizar suas origens de forma literal.
O monumento, inspirado no templo de Atena, foi erguido sobre solo trazido da própria Grécia, enviado de navio para New Orleans.
Entre colunas jônicas e o mármore branco reluzente sob o sol da Louisiana, o túmulo guarda não apenas corpos, mas a herança de um povo, suas crenças e o orgulho de suas raízes.
Josie Arlington: o escândalo que virou lenda

Nenhum cemitério está completo sem suas histórias de alma inquieta.
No Metairie, uma das mais conhecidas é a de Josie Arlington — mulher à frente de seu tempo, que começou a vida como prostituta e tornou-se uma das cafetinas mais ricas e influentes de New Orleans. Seu túmulo atraía multidões de curiosos.
Diziam que, à noite, o mármore ganhava vida e a figura feminina parecia bater à porta do próprio túmulo.
As visitas se tornaram tantas que a família precisou remover seu corpo — mas a lenda de Josie continua viva, sussurrando entre os ciprestes do Metairie.
O anjo que chora eternamente
O Mausoléu Hyams é um dos mais emocionantes de todo o cemitério.
Construído pelo corretor e filantropo Chapman H. Hyams, o monumento é uma réplica fiel do “Anjo da Dor”, de William Wetmore Story — um dos ícones do luto romântico do século XIX.

No interior do templo grego de mármore branco, quatro vitrais azuis filtram a luz do sol, criando uma atmosfera quase celestial.
Ali, o anjo ajoelhado, de rosto oculto e asas abertas, parece lamentar não apenas uma perda, mas a própria condição humana: a inevitabilidade do tempo.
Anne Rice e o descanso dos vampiros
A autora de “Entrevista com o Vampiro”, Anne Rice, também descansa em Metairie.
Seu mausoléu familiar, compartilhado com o marido Stan Rice e a filha Michele, é um dos mais visitados.
Nas paredes, poemas escritos por Stan — retirados de seus livros False Prophet e Some Lamb — transformam o espaço em um santuário literário.
De um lado, vitrais coloridos; dos outros, versos gravados em pedra.
Um convite à eternidade pela arte, pela palavra, pela imaginação.

A família que transformou comida em legado: Popeyes Famous Fried Chicken
No Metairie Cemetery, repousa o mausoléu de uma família que construiu um verdadeiro império no ramo de restaurantes, tornando-se referência em culinária americana. Entre seus negócios, o mais famoso é a rede Popeyes Famous Fried Chicken, reconhecida mundialmente pelo sabor icônico de suas receitas.
O monumento familiar não é apenas um túmulo — é uma celebração de conquistas e identidade. Inspirado por tradições clássicas e ornamentações sofisticadas, o mausoléu reflete o orgulho de uma trajetória marcada por trabalho, inovação e legado cultural.
Assim como seus restaurantes se tornaram ponto de encontro de gerações, o túmulo da família é um símbolo de memória e presença, lembrando que o legado vai muito além do que deixamos no mundo dos vivos.
Para onde vai a alma dos lugares?
O Metairie Cemetery é uma síntese perfeita entre arquitetura, arte e eternidade.
Ali, o silêncio é preenchido por histórias, e a dor é moldada em esculturas que falam — mesmo sem voz.
Visitar esse cemitério é compreender que o luto pode ser também um ato de beleza;
que a memória pode ser celebrada; e que honrar os que se foram é, em essência, uma forma de permanecer vivo.




















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